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Podcast de LabAudio UnB
O Laboratório de Áudio da Faculdade de Comunicação da UnB é um espaço dedicado ao ensino, à pesquisa e às atividades de extensão acadêmica que dialoguem com a experimentação e a produção de materiais sonoros de diversos gêneros e formatos. Aqui você confere produções de temas variados desenvolvidas por estudantes da FAC/UnB, frutos de projetos de conclusão de curso, de disciplinas desenvolvidas no âmbito do LabAudio, de projetos de iniciação científica ou projetos de extensão.
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Virginia Van Upp foi uma produtora e roteirista que trilhou seu caminho na indústria cinematográfica, depois ter passado por diferentes cargos: leitora e editora de roteiros, diretora de elenco e agente. Em 1945, foi nomeada produtora executiva da Columbia Pictures. Uma mulher não ocuparia esse cargo novamente por mais 31 anos! Muitas vezes, o trabalho de Virginia sequer era creditado; como a reconstrução de um veículo de Orson Welles, no filme A dama de Shanghai (1947). Além disso, ela também era apenas uma das três produtoras em Hollywood na época. Apesar do protagonismo e talento como roteirista e produtora, há pouquíssimo material disponível a respeito da trajetória de Virginia, inclusive na internet. É necessário resgatar seu sucesso. Com Virginia, pela primeira vez na história da Columbia, o lucro ultrapassou dois milhões de dólares. Além disso, ela foi fundamental nas carreiras de nomes como Rita Hayworth e Gene Kelly.

Atriz canadense, Mary Pickford foi uma das primeiras celebridades femininas do cinema mudo. Ficou conhecida como “a queridinha dos Estados Unidos’, “a namoradinha da América” e “a moça com cachos”. Menos comentado é o papel que a atriz teve no desenvolvimento da "clássica Hollywood". Pickford começou como atriz, mas queria ter mais controle sobre seus filmes. Assim, criou com Charles Chaplin, D. W. Griffith e Douglas Fairbanks, uma empresa chamada United Artists, em 1919. A união permitiu com que ela continuasse atuando e produzindo seus próprios filmes, além de ter total poder sobre a distribuição. Pickford sabia o que o público queria, o que ia dar dinheiro. Não foi atoa que ela trabalhou em duzentos filmes! Porém, perdeu espaço com a chegada do som e, em 1933, se aposentou. Destino comum de tantas mulheres que foram "varridas" de Hollywood com a sonorização dos filmes.

Mabel Normand foi uma das primeiras diretoras do cinema mudo. Pioneira ao buscar maior independência para dirigir os filmes em que atuava, trabalhou em cerca de 167 curtas-metragens e 23 longas. Normand não era uma diretora qualquer, já que também dirigia comédias. Inclusive, foi uma das idealizadoras do gênero; que pode até parecer mais simples que outros, mas, na verdade, exige enorme talento e apreensão de diretores e roteiristas. A influência de Normand foi tão grande que ela chegou a dirigir Charles Chaplin inúmeras vezes e ajudou Mack Sennet a se consolidar como “O Rei da Comédia”. Entre os filmes dirigidos por ela, destacamos Mabel´s Strange Predicament, Won in a Closet e Mabel´s Bear Scape, todos de 1914.

Lois Weber foi uma das grandes diretoras da década de 1910 e era considerada como tal por uma dezena de colegas de profissão. Tanto que, em 1915, foi eleita prefeita da Universal Studios. Do estúdio, seus filmes eram os que mais faturavam. Weber sabia entender bem o que o público desejava ver nas telas. No filme Hypocrites (1915), a diretora astutamente inseriu uma mulher nua no contexto da narrativa, para que mais pessoas, curiosas, fossem assistir ao filme. Não é atoa que ela teve um estúdio próprio, com seu nome e tudo, sendo a primeira diretora a conseguir tal feito. Além disso, era a mulher mais bem paga da indústria na década de 1910; ganhava cerca de cinco mil dólares por semana. Como belo exemplo de sororidade, Weber também promovia o trabalho de outras mulheres. Foi com ela que Frances Marion começou a escrever falas para personagens secundários, e não apenas intertítulos sem locuções. Infelizmente, Weber faleceu em 1930, aos 60 anos. Foi esquecida após a sua morte, ainda que tenha sido tão famosa enquanto filmava.

Ida Lupino, “a Bette Davis dos pobres”, ficou marcada na história do cinema por ser a única mulher a dirigir filmes em Hollywood, no pós-guerra. Ida trocou sua carreira em ascensão como atriz por uma complicada investida como diretora. Ao lado do marido Collier Young e do roteirista Malvin Wald, fundou uma produtora independente, The Filmakers, em 1949. Ela dirigiu filmes de baixo orçamento, muito bem-sucedidos e ousados em suas temáticas; como o estupro e a culpabilização da vítima. Mesmo assim, o público se lembrava dela como uma bela atriz e não sabia nada a respeito de sua carreira como diretora. Ida, no entanto, não se intimidava por ser a única diretora em Hollywood nos anos 1950. Chegou a dizer que: “Ao passo em que encontrei algum ressentimento por parte dos homens por adentrar seu mundo, não lhes dei oportunidade de pensar que eu estava em um lugar ao qual não pertencia”.
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