Para Lembrar Depois
Podcast af Ingrid Bleil
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18 episodersaudade das festinhas. e dos protestos, do carnaval, da arena lotada pro jogo, de tomar café com a adri, do cinema. saudade, mais ainda, de escolher. pois ninguém gosta de se sentir obrigado, forçado a algo, e essa tirania necessária - nunca imaginei escrever tais palavras juntas - imposta pela pandemia, tirou de nós não só a liberdade de sair por aí, mas o poder de decisão também. ora, que horror não poder ser mestre dos nossos caminhos e até dos nossos erros provenientes de catastróficas triagens. que devastador estar há mais de um ano fazendo apenas o que dá, o que é possível (apesar da nobreza do motivo), pior ainda: estar com tempo livre suficiente nas mãos para se perceber o tanto de coisa que a gente não escolhe, o quanto da nossa vida é gasto com deveres ou optando-se pelo fácil, pelo conveniente, por aquilo que agrada aos outros. que é sabido - ou deveria ser - que agora não se pode escolher ficar ou não em casa, encontrar ou não os amigos, ir ou não pro rolê clandestino, mas também deveria ser de conhecimento popular que, num mundo pré ou pós pandemia, existem possibilidades infinitas para nossas vidas, que não é preciso seguir roteiros, que esta liberdade que nos foi cerceada neste momento também é desrespeitada quando se vai aonde não se quer, quando se vive uma vida através das expectativas alheias, num ritmo maria-vai-com-as-outras. que este período finito de reclusão sirva, minimamente, para pensarmos sobre o que é essencial para nós, que já é hora de percebermos o valor do tempo e o engano irreparável que cometemos quando não abraçamos nossas prioridades. falei sobre essencialismo no episódio de hoje do podcast. A Ingrid: @ingrid_bleil O Email: contatoparalembrardepois@gmail.com
foi dos voos mais aprazíveis que já peguei, mesmo em tempos de pandemia. nenhuma turbulência, nem atraso, nem imprevistos, nem tempo ruim. o transcontinental que me trouxe até aqui cruzou sete mil quilômetros e pousou do outro lado do oceano em um novo país para chamar de lar. deixar hamburgo foi das mais devastadoras e das mais suaves tarefas que já cumpri; perdoem a antítese, mas nem eu mesma sei nomear meus sentimentos relativos ao ocorrido. ainda preciso de tempo para digerir esta partida (e superar a fase da negação). retornei ao continente americano - mais ao norte que antes, entretanto - e pisei em atlanta pronta para recomeçar. ora, seria arrogante e prepotente demais dizer que foi tudo simples, que não senti o impacto da troca. pois claro que foi um momento de vibração e euforia que se emaranhou com confusão mental e uma nova estética interessante. de início percebi duas coisas: a vida corre por aqui, o tempo esvai-se rapidamente e o povo tem pressa; e há beleza. uma nova versão dela, mais artificial e ligeiramente exagerada ao meu ver, mas ela existe a sua maneira: e eu mal posso esperar para ser parte dela e desta vida acelerada, hiperativa - bem diferente daquela que deixei na europa e que me preparou para chegar até onde estou. minha mudança para os estados unidos, minhas primeiras impressões sobre este lugar e como encontrei equilíbrio para me manter fiel a minhas crenças nesta terra de desafios são o tema do episódio de hoje do podcast. A Ingrid: @ingrid_bleil O Email: contatoparalembrardepois@gmail.com O Documentário: “os minimalistas - less is more”
toda escolha uma renúncia. poderia repetir este mantra para sempre - foi através dele que compreendi que a gente precisa, tem que, deve aprender a lidar com as consequências do que escolhemos, que surgem das pequenas decisões diárias, das grandes encruzilhadas que nos levam a um futuro sonhado, dos momentos de dúvida que põem em cheque tudo que somos e fazemos. mas dói. não digo aquilo que optamos, mas aquilo que foi deixado. deixado de lado, deixado como segunda opção, deixado para depois, deixado de vez. é duro perceber que há coisas que não serão acessadas - talvez nunca mais - porque há outras que as substituíram, e a coexistência delas está impossibilitada. cada escolha uma renúncia. o que incomoda é a viagem que se perdeu, o curso que não foi finalizado, o amor que se deixou ir, a vaga de emprego que foi recusada; por mais que aquilo que nos levou a estas negações nos faça feliz e preencha nossas necessidades - e tenha partido do nosso livre arbítrio - o imaginário do que poderia ter sido nos consome, afronta, tira o sono. o pretérito imperfeito do subjuntivo é cruel; se eu tivesse estudado, casado, partido, aceitado, recusado, começado, aproveitado, perdoado. mas não se fez. paciência. é preciso aceitar. toda escolha uma renúncia. falei de mais decisões que impactaram positivamente minha vida neste episódio do podcast. A Ingrid: @ingrid_bleil O Email: contatoparalembrardepois@gmail.com A Suélen: @suelenbreier
não posso com discurso motivacional. me enche o saco, me irrita. aquela coisa de ter uma atitude positiva, se priorizar, não dar valor à opinião alheia. sim, é importante trabalhar mentalmente estes mantras e tentar viver sempre sendo nosso próprio motivador. e eu, apegadíssima aos clichês, não vim aqui questioná-los - de forma alguma. é bom sim decidir logo cedo de manhã que viveremos este dia como se fosse o último. é inspirador ler relatos por aí de gente que decidiu mudar de mindset e perdeu trinta quilos depois de anos de sofrimento com a autoimagem. é animador conhecer o tio daquele amigo que resolveu não mais seguir os padrões esperados pela sociedade, que o esmagavam e o reduziam. gostamos da história de superação muito mais do que das atitudes. elas que enchem o coração, são combustível para nossa própria mudança e aproximação com um ideal de vida mais adequado a nós mesmos; incentivam, servem de exemplo, mas são pouco práticas. como disse, são muito mais amostras de novas formas de raciocinar nossas ações do que propriamente decisões. decisões. precisam ser pontuais, concretas, atingíveis, pragmáticas. escolhas são fragmentos de forma particular, atrelados à crua realidade, e que unem-se ao final para, juntos, configurar um grande e disforme objetivo - são os físicos paralelepípedos que pavimentam a terrestre jornada até nossos sonhos nas nuvens. falei, no episódio de hoje, sobre escolhas exatas que fiz para minha vida - e que moldaram a pessoa que sou. A Ingrid: @ingrid_bleil O Email: contatoparalembrardepois@gmail.com
dormir escutando o som da chuva. correio entregando o tão esperado pacote. intuição certeira. pedir algo diferente em um restaurante e ser positivamente surpreendida com a escolha. encontrar dinheiro no bolso de um casaco qualquer. tirar o sapato depois de um dia longo. abraçar alguém amado e sentir aquele odor conhecido e acolhedor. descobrir que o mês tem menos - ou mais - dias que o pensado. ver um saldo maior que o previsto na conta bancária. a passagem aérea que baixa de preço na hora exata. aquele moletom quentinho. sentar ao lado do fogão à lenha. vinhos de baixo custo e alto sabor. sair mais cedo do trabalho. alongar as costas e sentir que volta tudo ao lugar. um elogio que chega inesperado. acordar sem despertador. chimarrão na temperatura ideal. a brisa do verão. as cores do outono. aprender o nome daquela música que tanto amamos, mas sempre esquecemos de pesquisar. precisamos romantizar as nossas vidas diárias. nossa existência é constituída de dias comuns, mas tendemos a valorizar somente os extraordinários, os feitos pontuais. que nada. há pequenos momentos de felicidade o tempo todo. falei de prazeres simples no episódio de hoje. A Ingrid: @ingrid_bleil O Email: contatoparalembrardepois@gmail.com.
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