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Pedro Siza Vieira e Pedro Marques Lopes analisam os acontecimentos e os protagonistas da semana, com moderação de Paulo Baldaia. Quinze anos depois da estreia na TSF, os episódios passam a sair à quinta-feira, dia de Conselho de Ministros, no Expresso. A fechar, e como sempre, o bloco central de interesses, com sugestões para as coisas importantes da vida.

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76 Episoder
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O liberalismo é de esquerda ou de direita? A direita que triunfa tornou-se iliberal? Responde Carlos Guimarães Pinto

Afinal, o que é o liberalismo? A resposta parece fácil, mas as respostas fáceis são muito simplistas e, por isso, o nosso convidado de hoje resolveu escrever um livro para explicar uma ideia que começou a nascer cerca de 500 anos, mas que só se começou a impor, sobretudo, no ocidente, um ou dois séculos depois. Será esta a ideia que mudou o mundo, como a classifica o autor? Quando falamos de democracia liberal para definir uma democracia plena, será que os conceitos se confundem? Faz sentido que exista como partido? É de direita? O liberalismo é um espectro, onde cabem várias correntes? É a defesa radical desta ideia que nos leva até às democracias iliberais, como sistema político em que existem eleições e aparência de democracia, mas sem pleno respeito pelas liberdades civis, direitos individuais e pelo Estado de direito. Carlos Guimarães Pinto é o autor do livro “Liberalismo: A ideia que mudou o mundo” e está no Bloco Central para conversar com Pedro Siza Vieira e Pedro Marques Lopes. A sonoplastia do episódio é do Gustavo Carvalho. A moderação da conversa é de Paulo Baldaia. As sugestões de Carlos Guimarães Pinto: Worten Mock Fest 2025  A comédia de stand-up é uma das formas de arte mais subestimadas, embora seja das mais exigentes para os artistas. Para um bom espetáculo de stand-up não basta ter um bom texto, o desempenho do artista é fundamental. Um segundo a mais ou a menos entre palavras, um engano numa palavra e um bom texto transforma-se num desempenho artístico. Ao contrário de outras formas de arte, esta está permanentemente a ser julgada. A cada 20 segundos, o público dá o seu feedback sobre a qualidade da obra. Também ao contrário de outras formas de arte, essa resposta não resulta de cortesia. Em espetáculos de teatro ou música, as pessoas podem aplaudir por cortesia ou respeito pelo artista, mesmo que não tenham gostado muito. Na comédia de stand-up, a reação que comprova o sucesso do artista – o riso – é natural e imediata, muito mais difícil de simular por parte do público. A somar a isso, o artista está ali sozinho, sem rede. Como se tudo isto não fosse o suficiente, dificilmente alguém aprecia a mesma arte de stand-0up muitas vezes como acontece com uma escultura, uma música ou um quadro. O inesperado acrescenta valor, um valor que quase desaparece numa segunda vez. O artista precisa, por isso, de estar sempre a criar para ser artista. Muitas pessoas não o sabem, mas o stand-up português está a viver o seu momento alto. Nunca houve tantos talentos e tão bons abaixo dos 40 anos. Reflexo disso, teremos este ano o primeiro festival dedicado a stand-up: o Worten Mock Fest (não fui pago para fazer esta publicidade, mas os organizadores merecem). Ainda estamos longe de ter um Fringe Fest como Edimburgo, mas, quem sabe, com eleições autárquicas à porta, não haverá um candidato a prometer isso. Teria muitas dificuldades em não votar nele.  “Estado febril”, dos A Caruma  A Caruma foi uma banda que nunca teve um grande sucesso, mas cujas letras transpiravam uma insatisfação latente que só mais tarde se refletiu politicamente. É um grupo que estava ali perdido no seu estilo, que tenta ser rural e popular soando citadino e elitista. Em retrospetiva, algumas letras hoje parecem gritos de aviso às elites para um sentimento de um povo que não sente que as suas insatisfações, as reais e as imaginárias, são ouvidas. Vale a pena relembrar. Talvez lhes dê vontade de voltar quase 10 anos depois. Suspeito que hoje teriam muito mais sucesso. A música é “Estado Febril”.   See omnystudio.com/listener [https://omnystudio.com/listener] for privacy information.

31. juli 2025 - 1 h 4 min
episode Nas guerras culturais, os Hipocritões e os Olhigarcas estão a derrotar a esquerda? A conversa faz-se com Rui Tavares artwork
Nas guerras culturais, os Hipocritões e os Olhigarcas estão a derrotar a esquerda? A conversa faz-se com Rui Tavares

O livro que serve de mote à conversa de hoje parte de cinco aulas/conferências proferidas por Rui Tavares num curso sobre a história das guerras culturais, complementadas por crónicas publicadas na imprensa portuguesa e brasileira.  “Hipocritões e Olhigarcas - Passado e futuro das guerras culturais” começa há dois mil anos e termina nos dias de hoje, com a apresentação destes novos monstros e onde somos convocados para um debate sobre a melhor forma de gerir o medo da mudança. Ou melhor, das mudanças que estão a acontecer em todo o mundo. O autor, que é hoje o convidado do Bloco Central para uma conversa com Pedro Marques Lopes e Pedro Siza Vieira, escreve na contracapa que “o passado das guerras culturais ensina-nos a olhar para o nosso futuro imediato - e diz-nos que precisamos de novas palavras para entender os novos monstros”. Partimos daqui para uma conversa sobre as guerras culturais do presente e dos monstros que se alimentam dessas guerras. A sonoplastia deste episódio é de Gustavo Carvalho. A moderação é de Paulo Baldaia.   As propostas de Rui Tavares: “Apocalipse nos trópicos”, de Petra Costa (disponível na Netflix) Documentário com acesso sem precedentes a duas figuras centrais da atualidade brasileira: Lula da Silva e, especialmente, Silas Malafaia, o pastor evangélico mais poderoso do país. O filme explora a dinâmica entre religião e política, mostrando, em particular, como as políticas sociais podem ser sequestradas por uma visão teológica. Quando a vida melhora, milhões saem da pobreza e conquistam a primeira casa, o primeiro carro ou o acesso à universidade — mas o sucesso não é atribuído às políticas públicas, e sim ao mérito pessoal e a Deus. O documentário termina com imagens impressionantes dos acontecimentos de 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes, em Brasília — ponto de confluência paroxístico dessa tensão política e religiosa.    “Aventurera”, de Natália Lafourcade  “Aventurera” é uma das faixas do álbum “Mujer Divina”, composto por versões de clássicos do cancioneiro mexicano de Agustín Lara, com duetos que incluem Gilberto Gil, Devendra Banhart e muitos outros. Vale a pena ouvir o disco inteiro, mas esta é a canção mais alegre de todas — e um excelente convite para o verão.  See omnystudio.com/listener [https://omnystudio.com/listener] for privacy information.

24. juli 2025 - 1 h 11 min
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O estado da Nação visto por Pedro Siza Vieira e Pedro Marques Lopes

No mesmo dia em que estreia este episódio do Bloco Central, os membros do governo e os deputados dos diferentes grupos parlamentares debatem o estado da Nação. Uns estarão mais otimistas e outros mais pessimistas, uns puxarão mais pela imigração, outros pela saúde ou pela habitação. A montante e a jusante, o estado da economia, como está e para onde caminha. É igualmente um bom momento para aferir se há uma inclinação governamental para a direita ou se a AD se mantém o partido do meio, verdadeiramente disponível para negociar os grandes dossiês com o PS. Num podcast com sonoplastia de Salomé Rita, eu sou o Paulo Baldaia na moderação de uma conversa em que a opinião que conta é de Pedro Marques Lopes e Pedro Siza Vieira.   Sugestão de Pedro Marques Lopes: Estreou esta quarta-feira, 16 de Julho, o espetáculo Audição, do Teatro Praga. É uma peça comemorativa dos 30 anos desta companhia. A Praga é das companhias de teatro mais importantes da cena teatral portuguesa deste século e é com certeza a mais importante do teatro experimental. Espetáculos fundamentais como super gorila, sonho de uma noite de verão, turbo folk, ego sistema, tropa fandanga, jângal, timão de atenas, bravo 2023, resposta a antígona e muitos mais. Espetáculos sempre desafiantes, arriscados, que fogem a todos os cânones e convenções, mas sempre belos e com um cheiro intenso a liberdade e criatividade. A Praga é um projeto mesmo muito especial e de uma profunda sensibilidade artística. Quatro figuras que eu quero destacar: André Teodósio, Claúdia Jardim, o Diogo Bento e o José Maria Vieira Mendes que são, perdoem-me os restantes, a alma da companhia. Vão celebrar com a Praga.   Sugestão de Pedro Siza Vieira: Há 40 anos foi publicado Rum, Sodomy and the Lash, o segundo álbum dos Pogues e aquele que os tornou numas improváveis estrelas. A banda era liderada pelo já falecido Shane McGowan, que neste álbum criou uma fórmula muito original de conjugar a música tradicional irlandesa com a música pop. Neste álbum os Pogues ainda tocam músicas tradicionais, como Dirty Old Town ou I’m a Man You Don’t Meet Everyday, mas sobretudo revelou-se o talento do Shane MacGowan como um dos grandes criadores de canções do nosso tempo. Nos meus tempo de universidade ouvi muitas vezes este álbum e continuo a revisitá-lo com enorme prazer. Sugiro que ouçam uma das grandes canções dos Pogues - A Pair of Brown Eyes - em homenagem aos 40 anos do álbum que revelou o Shane MacGowan ao mundo. See omnystudio.com/listener [https://omnystudio.com/listener] for privacy information.

17. juli 2025 - 1 h 1 min
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Marques Lopes: “O Governo é co-responsável pelo clima que se está a criar e da violência que se pode seguir”

O Governo transformou a questão da imigração na questão central da política portuguesa e o Chega toma balanço e sobe a parada. Do final da semana passada vem o discurso do ódio, agora dirigido a crianças filhas de pais imigrantes por frequentarem a escola pública em Portugal. A análise de Pedro Marques Lopes e Pedro Siza Vieira no Bloco Central moderado por Paulo Baldaia. SIZA VIEIRA PROPÕE PARA VER  A Longa Noite - uma série italiana que passou na RTP2 e pode ser vista na RTP Play. É uma dramatização dos últimos dias de Mussolini como Duce de Itália, muito fiel aos factos. A queda de Mussolini decorre de uma decisão do Conselho Fascista, que aprova uma moção de censura que leva o rei a demiti-lo e prendê-lo em 25 de julho de 1943, afastando-o do poder ao fim de 21 anos. É uma excelente recordação dos riscos que um país corre ao entregar o poder absoluto a um homem, com um programa de salvação nacional contra o caos que ele próprio criou - e que construiu o seu poder pela defesa da superioridade da nação face a outros povos, do culto da força e da masculinidade, e pela repressão da dissidência e da imprensa livre e a supressão do parlamento e dos tribunais. No limite, são os seus próximos que, temerosos da chegada dos exércitos aliados e do povo cansado da guerra, acabam por o afastar. MARQUES LOPES PROPÕE PARA OUVIR Estreou recentemente o filme Homem com H, na Netflix, um biopic de Ney Matogrosso que aconselho.  O Ney foi e é um artista fundamental da música brasileira, melhor, da musica cantada em português. Foi revolucionário em muitos sentidos: no modo de cantar, na escolha de reportório e sobretudo na forma de se apresentar em palco.  Escancarou muitas portas, contribuiu para o reconhecimento de direitos de minorias, mas é sobretudo um extraordinário artista e performer. Proponho a audição de um dos primeiros temas que ouvi dele e que ainda hoje adoro, é do Feitiço de 1978: Bandolero. See omnystudio.com/listener [https://omnystudio.com/listener] for privacy information.

10. juli 2025 - 1 h 5 min
episode Pedro Siza Vieira: “É profundamente errado o que disse o PGR sobre Sócrates ter de provar a sua inocência” artwork
Pedro Siza Vieira: “É profundamente errado o que disse o PGR sobre Sócrates ter de provar a sua inocência”

Finalmente, vai começar o julgamento do século. O ex-primeiro-ministro José Sócrates senta-se no banco dos réus, 10 anos depois de ter sido detido no aeroporto de Lisboa, numa altura em que, alega ele, quiseram impedi-lo de ser candidato a presidente da República. Ele não foi, mas na área socialista avançou Maria de Belém e Sampaio da Nóvoa, que pode voltar a ser candidato, agora que Augusto Santos Silva, depois de ter colocado por duas vezes a hipótese de avançar, decidiu, em definitivo, não o fazer. A história repete-se, mas, do outro lado do Atlântico, há uma nova estrela na política, muçulmano candidato a presidente da Câmara de Nova Iorque pelos democratas. Mamdani já está a ser ameaçado pelo governo de Trump com a possibilidade de vir a perder a cidadania norte-americana. Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos conseguiu aprovar no Senado o 'Grande e Bonito' projecto de lei orçamental, com JD Vance a desempatar. Os ricos vão pagar menos impostos, mas mudam muito mais coisas na vida dos norte-americanos. O Bloco Central conta com Paulo Baldaia na moderação de uma conversa onde a opinião que conta é de Pedro Marques Lopes e Pedro Siza Vieira. A sonoplastia é de Gustavo Carvalho. See omnystudio.com/listener [https://omnystudio.com/listener] for privacy information.

03. juli 2025 - 1 h 5 min
Enkelt å finne frem nye favoritter og lett å navigere seg gjennom innholdet i appen
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Liker at det er både Podcaster (godt utvalg) og lydbøker i samme app, pluss at man kan holde Podcaster og lydbøker atskilt i biblioteket.
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