
Napoleão e o Brasil
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A transferência da corte portuguesa para o Brasil em 1808, provocada pela invasão de tropas de Napoleão Bonaparte a Portugal, ainda inspira e fascina os brasileiros. Livros sobre o “Período Joanino” se transformam em best-sellers e a chegada de Dom João ao país virou até samba-enredo que dá “adeus a Napoleão”.

Em 1817, nove anos depois da chegada da corte portuguesa ao Brasil, eclodiu em Recife a Revolução Pernambucana. O movimento republicano despertou o interesse de bonapartistas que planejavam libertar Napoleão Bonaparte da ilha de Santa Helena e trazê-lo para a América.

A paz entre a França e Portugal, assinada em 1815, propiciou a imigração de muitos franceses para o Brasil. Muitos deles eram bonapartistas perseguidos em seu país, em busca de empregos e oportunidades. A chamada “Missão Artística Francesa”, formada por artistas que serviram ao regime de Napoleão I, é o exemplo mais expressivo dessa presença bonapartista no Rio de Janeiro, onde a corte portuguesa do príncipe regente Dom João estava instalada desde 1808.

A partir de 1815, com a queda de Napoleão Bonaparte e o Congresso de Viena, há o restabelecimento das relações diplomáticas entre a França e Portugal. Apesar do fim da ameaça bonapartista, Dom João, que estava no Rio de Janeiro desde 1808, decide manter a corte portuguesa no Brasil que é elevado a Reino Unido a Portugal e Algarves. O restabelecimento das relações amistosas propiciou a imigração de muitos franceses — comerciantes, militares, artistas — muitos deles bonapartistas.

Assim que chegou ao Rio de Janeiro, em 1808, D. João declarou guerra à França e determinou a ocupação da Guiana Francesa. A declaração de hostilidade a “Napoleão Bonaparte e todos os seus vassalos” foi feita em retaliação à invasão de Portugal por tropas bonapartistas em 1807, que havia provocado a transferência da corte portuguesa para o Brasil.